Demissões em massa parece ser um novo aspecto da cultura das big techs. Depois de terem ficado conhecidas no Vale do Silício por seus movimentos de inovação tanto em tecnologia e comunicação, quanto em modelo de negócio

Muito rebuliço no Twitter

Na sexta-feira da última semana, centenas de funcionários do Twitter escolheram se demitir após um ultimato de Elon Musk. Usando um formulário que foi enviado na noite de quinta-feira, Musk fez exigências. Qualquer funcionário que quisesse ficar teria de adotar a nova cultura “extremamente hardcore” do Twitter. Caso contrário, demissão. A plataforma já havia cortado 50% de seus funcionários no início deste mês, logo após Elon Musk ter entrado no controle.

Uma das pessoas que optou por sair foi a Tess Rinearson, líder da área cripto do Twitter. Há relatos sobre uma pausa nos projetos de desenvolvimento que envolvem carteira de criptomoedas no site.

Muitos ficam aflitos tentando adivinhar o que pode acontecer com o site e seus produtos cripto. O clima acaba se tornando cada vez mais tenso entre os funcionários que restaram. Ano passado o Twitter chegou a implementar recursos relacionados a cripto, como fotos de perfil NFT verificadas, adição de endereços de carteira Bitcoin e Ethereum aos perfis e a possibilidade de dar gorjeta a outros usuários em Bitcoin.

Mais demissões entre as big techs

Mas não é apenas o Twitter que vem causando com as decisões de Musk, que muitos dizer ser impulsivas. A Meta (empresa do Facebook e Instagram) e a Amazon, por exemplo, dispensaram mais de 20 mil funcionários alegando, entre seus motivos para tal, os custos crescentes e o atual ambiente macroeconômico.

O CEO da Apple, Tim Cook, em entrevista à emissora norte-americana CBS, confirmou que a empresa desacelerou as contratações por conta do atual ambiente econômico. No meio do ano, a Netflix, realizou cerca de 450 demissões alegando a desaceleração do crescimento da receita e perda de anunciantes.

O que esperar do futuro?

Mas então, o que esperar desse movimento que parece estar vindo de todos os lados e acontecendo como todas as gigantes do mercado? Bom, especialistas tem avaliado que as gigantes estão adotando uma postura mais segura, tendo foco em preservar seus recursos. O que as faz parecer ainda mais com espresas padrão.

Desde sempre, as empresas de tecnologia pareciam estar numa realidade diferente das empresas comum. Sempre tinham o foco no crescimento instantâneo e à qualquer custo, usando tudo o que tinham sem medo nenhum do fracasso, pois ainda poderiam recorrer à novos investidores.

Acontece que agora, diante de uma perspectiva global onde teremos inflação e juros estruturalmente mais altos, a realidade bate à porta das empresas de tecnologia as obriga a ter os pés no chão.

Mas não é apenas em tais empresas que vemos isto acontecendo. A quebra da FTX também mostra essa dura realidade nas empresas de criptoativos. O que fica é uma lição de humildade, onde as empresas tech vão precisar focar em estruturas rentáveis, que geram caixa e sejam sustentáveis.

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